A prática atual da didática da língua portuguesa revela como o estudante italiano encontre especial dificuldade de aprendizagem com respeito a algumas áreas onde o português diverge bastante do italiano. Entre ditas áreas, destacam-se o infinitivo pessoal e a mesóclise ou tmesi, peculiaridades da língua portuguesas ausentes na língua de Dante. Este artigo quer adotar uma perspetiva diacrónica, propondo uma viagem através das primeiras gramáticas de português para italianos, publicadas no século XIX, escolhendo como terminus ad quem a primeira guerra mundial. As perguntas às quais este artigo tentará dar uma resposta são três: 1) as gramáticas deste primeiro período conseguem dar a ditas dificuldades uma resposta eficaz do ponto de vista didático? 2) com a variabilidade da natureza das gramáticas varia também a consciência que certos aspetos da língua portuguesa representam um grau de dificuldade especial e especifico para o estudante italiano? 3) varia também a maneira como estas dificuldades se tornam explícitas ou se analisam? Da resposta a estas perguntas depende a possibilidade de compreender e avaliar em que medida os métodos de ensino de português para italófonos tomassem conta, já em Oitocentos, as especificidades do aprendente e tivessem como objetivo o de obter uma competência linguística avançada e exaustiva.
Tópicos de ontem, tópicos de hoje: o tratamento da mesóclise e do infinitivo pessoal nas gramáticas de português para italianos (sécs. XIX)
lupetti, Monica
2023-01-01
Abstract
A prática atual da didática da língua portuguesa revela como o estudante italiano encontre especial dificuldade de aprendizagem com respeito a algumas áreas onde o português diverge bastante do italiano. Entre ditas áreas, destacam-se o infinitivo pessoal e a mesóclise ou tmesi, peculiaridades da língua portuguesas ausentes na língua de Dante. Este artigo quer adotar uma perspetiva diacrónica, propondo uma viagem através das primeiras gramáticas de português para italianos, publicadas no século XIX, escolhendo como terminus ad quem a primeira guerra mundial. As perguntas às quais este artigo tentará dar uma resposta são três: 1) as gramáticas deste primeiro período conseguem dar a ditas dificuldades uma resposta eficaz do ponto de vista didático? 2) com a variabilidade da natureza das gramáticas varia também a consciência que certos aspetos da língua portuguesa representam um grau de dificuldade especial e especifico para o estudante italiano? 3) varia também a maneira como estas dificuldades se tornam explícitas ou se analisam? Da resposta a estas perguntas depende a possibilidade de compreender e avaliar em que medida os métodos de ensino de português para italófonos tomassem conta, já em Oitocentos, as especificidades do aprendente e tivessem como objetivo o de obter uma competência linguística avançada e exaustiva.I documenti in IRIS sono protetti da copyright e tutti i diritti sono riservati, salvo diversa indicazione.